Você já leu o rótulo de um produto “zero açúcar” e encontrou palavras como xilitol, eritritol, maltitol, sorbitol ou manitol?
Todos eles têm algo em comum: terminam em “-ol” e fazem parte de um grupo chamado polióis ou álcoois de açúcar.
Esses adoçantes vêm ganhando espaço em receitas caseiras, produtos diet e alimentos industrializados, principalmente para quem busca reduzir o consumo de açúcar, controlar a glicemia ou evitar cáries.
Mas será que eles são realmente saudáveis? É sobre isso que vamos falar neste post de forma clara e completa, para que você saiba exatamente quando e como usá-los.
O que são os adoçantes terminados em “-ol”?
Os adoçantes “-ol” fazem parte do grupo dos polióis, também conhecidos como álcoois de açúcar. Apesar do nome, eles não contêm álcool de bebidas a palavra “álcool” se refere apenas à sua estrutura química, que mistura características do açúcar e do álcool.
Esses compostos podem ser encontrados naturalmente em pequenas quantidades em frutas, vegetais e alguns alimentos fermentados. No entanto, a maior parte do que consumimos é produzida industrialmente a partir de açúcares como glicose ou amido.
Como eles adoçam?
O sabor doce vem da capacidade dos polióis de se ligar aos receptores de sabor da língua, de forma semelhante ao açúcar comum (sacarose).
A diferença é que:
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Eles contêm menos calorias que o açúcar.
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Muitos não afetam tanto a glicemia.
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Não fermentam com tanta facilidade na boca, ajudando a prevenir cáries.
Principais tipos de adoçantes “-ol” e suas características
1. Xilitol
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Origem: Geralmente obtido de milho ou bétula.
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Doçura: Parecida com a do açúcar.
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Calorias: Aproximadamente 2,4 kcal por grama (o açúcar tem 4 kcal/g).
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Benefícios: Baixo impacto na glicemia e ação protetora para os dentes.
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Atenção: Em excesso, pode causar gases e diarreia. Tóxico para cães.
2. Eritritol
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Origem: Encontrado em pequenas quantidades em frutas como melão e uva, mas normalmente produzido a partir do milho.
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Doçura: Cerca de 70% do poder adoçante do açúcar.
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Calorias: Quase zero (0,24 kcal/g).
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Benefícios: Praticamente não altera a glicemia, é bem tolerado pelo sistema digestivo em quantidades moderadas e não causa cáries.
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Atenção: Pode causar leve sensação de resfriamento na boca.
3. Sorbitol
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Origem: Encontrado naturalmente em maçãs, peras, pêssegos e ameixas.
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Doçura: Menos doce que o açúcar.
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Calorias: Cerca de 2,6 kcal/g.
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Benefícios: Baixo impacto na glicemia, muito usado em gomas de mascar e balas sem açúcar.
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Atenção: É um dos polióis mais propensos a causar efeito laxativo quando consumido em excesso.
4. Maltitol
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Origem: Produzido a partir do amido, principalmente do milho.
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Doçura: 75% a 90% do poder adoçante do açúcar.
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Calorias: Aproximadamente 2,1 kcal/g.
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Benefícios: Sabor muito parecido com o açúcar, por isso é usado em chocolates e sobremesas diet.
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Atenção: Pode elevar a glicemia em pessoas com diabetes e causar gases ou diarreia se consumido em excesso.
5. Manitol
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Origem: Presente em alguns vegetais, mas geralmente produzido industrialmente.
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Doçura: Menos doce que o açúcar.
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Calorias: Cerca de 1,6 kcal/g.
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Benefícios: Baixo índice glicêmico e efeito refrescante na boca.
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Atenção: Tem potencial laxativo mais forte que outros polióis.
Benefícios dos adoçantes “-ol”
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Menor impacto glicêmico – Ideais para diabéticos ou pessoas com resistência à insulina, pois não elevam tanto a glicose no sangue.
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Menos calorias – Podem ajudar na redução calórica da dieta.
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Proteção dental – Não são metabolizados pelas bactérias da boca, ajudando a prevenir cáries.
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Sabor semelhante ao açúcar – Tornam mais fácil substituir o açúcar em receitas sem perder o sabor doce.
Efeitos colaterais e cuidados
Embora apresentem vantagens, o consumo excessivo pode causar:
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Gases
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Inchaço abdominal
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Efeito laxativo (diarreia)
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Desconforto gastrointestinal
Isso acontece porque os polióis não são totalmente absorvidos no intestino delgado e acabam fermentando no intestino grosso, produzindo gases.
Dica importante:
Alguns produtos avisam no rótulo: “O consumo excessivo pode ter efeito laxativo”. Isso é comum quando a quantidade de poliol ultrapassa a capacidade de absorção do corpo.
Como consumir com segurança
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Comece devagar: Introduza pequenas quantidades e aumente gradualmente para avaliar sua tolerância.
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Leia os rótulos: Observe a presença e a quantidade de polióis no produto.
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Varie as fontes de doçura: Não dependa apenas de adoçantes “-ol” para adoçar sua dieta.
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Prefira os mais bem tolerados: Eritritol costuma causar menos desconfortos intestinais.
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Evite consumo exagerado: Principalmente de maltitol e sorbitol, que têm maior efeito laxativo.
Adoçantes “-ol” x outros tipos de adoçantes
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Naturais (não polióis): Stevia, mel, açúcar de coco – podem ter índice glicêmico variado.
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Artificiais: Aspartame, sucralose, sacarina muito doces, zero calorias, mas com opiniões divergentes sobre seu consumo a longo prazo.
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Polióis: Geralmente mais naturais, com sabor próximo ao açúcar e menos calorias, mas com possível desconforto intestinal.
Os adoçantes terminados em “-ol” podem ser grandes aliados para quem quer reduzir o consumo de açúcar, controlar a glicemia e manter um sorriso saudável. Eles oferecem sabor semelhante ao açúcar e menos calorias, mas devem ser consumidos com moderação para evitar desconfortos digestivos.
Se usados de forma equilibrada e consciente, podem fazer parte de uma alimentação saudável e ajudar a tornar a dieta mais prazerosa e sustentável.
Resumo rápido:
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São polióis (álcoois de açúcar), como xilitol, eritritol, sorbitol, maltitol e manitol.
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Têm menos calorias que o açúcar e baixo impacto glicêmico.
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Benefícios: ajudam a prevenir cáries, reduzem calorias e substituem o açúcar sem alterar tanto o sabor.
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Cuidados: excesso pode causar gases e diarreia.
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