sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Adoçantes Terminados em “-ol”: O que São e Como Afetam Sua Saúde

 


Você já leu o rótulo de um produto “zero açúcar” e encontrou palavras como xilitol, eritritol, maltitol, sorbitol ou manitol?

Todos eles têm algo em comum: terminam em “-ol” e fazem parte de um grupo chamado polióis ou álcoois de açúcar.

Esses adoçantes vêm ganhando espaço em receitas caseiras, produtos diet e alimentos industrializados, principalmente para quem busca reduzir o consumo de açúcar, controlar a glicemia ou evitar cáries.

Mas será que eles são realmente saudáveis? É sobre isso que vamos falar neste post de forma clara e completa, para que você saiba exatamente quando e como usá-los.

O que são os adoçantes terminados em “-ol”?

Os adoçantes “-ol” fazem parte do grupo dos polióis, também conhecidos como álcoois de açúcar. Apesar do nome, eles não contêm álcool de bebidas a palavra “álcool” se refere apenas à sua estrutura química, que mistura características do açúcar e do álcool.

Esses compostos podem ser encontrados naturalmente em pequenas quantidades em frutas, vegetais e alguns alimentos fermentados. No entanto, a maior parte do que consumimos é produzida industrialmente a partir de açúcares como glicose ou amido.

Como eles adoçam?

O sabor doce vem da capacidade dos polióis de se ligar aos receptores de sabor da língua, de forma semelhante ao açúcar comum (sacarose).
A diferença é que:

  • Eles contêm menos calorias que o açúcar.

  • Muitos não afetam tanto a glicemia.

  • Não fermentam com tanta facilidade na boca, ajudando a prevenir cáries.

Principais tipos de adoçantes “-ol” e suas características

1. Xilitol

  • Origem: Geralmente obtido de milho ou bétula.

  • Doçura: Parecida com a do açúcar.

  • Calorias: Aproximadamente 2,4 kcal por grama (o açúcar tem 4 kcal/g).

  • Benefícios: Baixo impacto na glicemia e ação protetora para os dentes.

  • Atenção: Em excesso, pode causar gases e diarreia. Tóxico para cães.

2. Eritritol

  • Origem: Encontrado em pequenas quantidades em frutas como melão e uva, mas normalmente produzido a partir do milho.

  • Doçura: Cerca de 70% do poder adoçante do açúcar.

  • Calorias: Quase zero (0,24 kcal/g).

  • Benefícios: Praticamente não altera a glicemia, é bem tolerado pelo sistema digestivo em quantidades moderadas e não causa cáries.

  • Atenção: Pode causar leve sensação de resfriamento na boca.

3. Sorbitol

  • Origem: Encontrado naturalmente em maçãs, peras, pêssegos e ameixas.

  • Doçura: Menos doce que o açúcar.

  • Calorias: Cerca de 2,6 kcal/g.

  • Benefícios: Baixo impacto na glicemia, muito usado em gomas de mascar e balas sem açúcar.

  • Atenção: É um dos polióis mais propensos a causar efeito laxativo quando consumido em excesso.

4. Maltitol

  • Origem: Produzido a partir do amido, principalmente do milho.

  • Doçura: 75% a 90% do poder adoçante do açúcar.

  • Calorias: Aproximadamente 2,1 kcal/g.

  • Benefícios: Sabor muito parecido com o açúcar, por isso é usado em chocolates e sobremesas diet.

  • Atenção: Pode elevar a glicemia em pessoas com diabetes e causar gases ou diarreia se consumido em excesso.

5. Manitol

  • Origem: Presente em alguns vegetais, mas geralmente produzido industrialmente.

  • Doçura: Menos doce que o açúcar.

  • Calorias: Cerca de 1,6 kcal/g.

  • Benefícios: Baixo índice glicêmico e efeito refrescante na boca.

  • Atenção: Tem potencial laxativo mais forte que outros polióis.

Benefícios dos adoçantes “-ol”

  1. Menor impacto glicêmico – Ideais para diabéticos ou pessoas com resistência à insulina, pois não elevam tanto a glicose no sangue.

  2. Menos calorias – Podem ajudar na redução calórica da dieta.

  3. Proteção dental – Não são metabolizados pelas bactérias da boca, ajudando a prevenir cáries.

  4. Sabor semelhante ao açúcar – Tornam mais fácil substituir o açúcar em receitas sem perder o sabor doce.

Efeitos colaterais e cuidados



Embora apresentem vantagens, o consumo excessivo pode causar:

  • Gases

  • Inchaço abdominal

  • Efeito laxativo (diarreia)

  • Desconforto gastrointestinal

Isso acontece porque os polióis não são totalmente absorvidos no intestino delgado e acabam fermentando no intestino grosso, produzindo gases.

Dica importante:
Alguns produtos avisam no rótulo: “O consumo excessivo pode ter efeito laxativo”. Isso é comum quando a quantidade de poliol ultrapassa a capacidade de absorção do corpo.

Como consumir com segurança

  • Comece devagar: Introduza pequenas quantidades e aumente gradualmente para avaliar sua tolerância.

  • Leia os rótulos: Observe a presença e a quantidade de polióis no produto.

  • Varie as fontes de doçura: Não dependa apenas de adoçantes “-ol” para adoçar sua dieta.

  • Prefira os mais bem tolerados: Eritritol costuma causar menos desconfortos intestinais.

  • Evite consumo exagerado: Principalmente de maltitol e sorbitol, que têm maior efeito laxativo.

Adoçantes “-ol” x outros tipos de adoçantes

  • Naturais (não polióis): Stevia, mel, açúcar de coco – podem ter índice glicêmico variado.

  • Artificiais: Aspartame, sucralose, sacarina muito doces, zero calorias, mas com opiniões divergentes sobre seu consumo a longo prazo.

  • Polióis: Geralmente mais naturais, com sabor próximo ao açúcar e menos calorias, mas com possível desconforto intestinal.

Os adoçantes terminados em “-ol” podem ser grandes aliados para quem quer reduzir o consumo de açúcar, controlar a glicemia e manter um sorriso saudável. Eles oferecem sabor semelhante ao açúcar e menos calorias, mas devem ser consumidos com moderação para evitar desconfortos digestivos.

Se usados de forma equilibrada e consciente, podem fazer parte de uma alimentação saudável e ajudar a tornar a dieta mais prazerosa e sustentável.

Resumo rápido:

  • São polióis (álcoois de açúcar), como xilitol, eritritol, sorbitol, maltitol e manitol.

  • Têm menos calorias que o açúcar e baixo impacto glicêmico.

  • Benefícios: ajudam a prevenir cáries, reduzem calorias e substituem o açúcar sem alterar tanto o sabor.

  • Cuidados: excesso pode causar gases e diarreia.

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