O jejum intermitente virou uma das estratégias mais populares para emagrecer. Celebridades e influenciadores juram que funciona. Mas será que essa prática é mesmo indicada para todos? A verdade é que, embora o jejum intermitente tenha seus benefícios, ele não é uma solução mágica e pode, sim, trazer efeitos negativos para muitas pessoas.
Neste post, vamos explicar por que o jejum intermitente pode não ser uma boa ideia, principalmente se você busca uma alimentação equilibrada, sustentável e sem sofrimento. Também vamos mostrar quem deve evitar essa prática e apresentar alternativas mais saudáveis para emagrecer com saúde.
O que é o jejum intermitente?
É uma estratégia alimentar que alterna períodos de alimentação com períodos de jejum. Os protocolos mais comuns são:
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16x8: jejum de 16 horas, comendo em uma janela de 8 horas
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14x10: jejum de 14 horas, comendo em 10 horas
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5x2: 5 dias de alimentação normal e 2 dias com consumo muito reduzido de calorias
A ideia é reduzir o número de refeições e, com isso, cortar calorias e emagrecer. Porém, essa prática nem sempre funciona bem para todo mundo.
Por que o jejum intermitente pode ser ruim?
1. Pode gerar compulsão alimentar
Ficar muitas horas sem comer pode aumentar muito a fome, levando a episódios de compulsão na próxima refeição. Isso pode anular qualquer benefício calórico obtido com o jejum e ainda causar culpa e descontrole alimentar.
“Depois de jejuar, acabei comendo o triplo no jantar” é uma queixa comum de quem tenta o jejum sem acompanhamento.
2. Afeta o humor e a produtividade
A falta de glicose por muitas horas pode causar:
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Irritabilidade
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Dificuldade de concentração
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Tontura e fraqueza
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Ansiedade
Se você trabalha, estuda ou cuida de tarefas que exigem foco, o jejum prolongado pode atrapalhar mais do que ajudar.
3. Não estimula bons hábitos alimentares
Pular o café da manhã e só comer no almoço, por exemplo, pode fazer com que a pessoa continue comendo mal, só que em menos tempo. O jejum não ensina você a montar um prato equilibrado, nem a fazer boas escolhas alimentares.
4. Pode desacelerar o metabolismo
Para algumas pessoas, especialmente mulheres, o jejum prolongado pode levar o corpo a entrar em "modo de economia", diminuindo a taxa metabólica basal e dificultando o emagrecimento a longo prazo.
5. Não é recomendado para todas as pessoas
Grupos que devem evitar o jejum intermitente:
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Gestantes e lactantes
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Diabéticos
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Pessoas com histórico de transtornos alimentares (bulimia, anorexia, compulsão)
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Crianças e adolescentes
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Pessoas com gastrite ou problemas intestinais
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Quem está em uso de medicamentos com horários rígidos
O emagrecimento vem do déficit calórico não do jejum
O que faz você emagrecer não é ficar horas sem comer, mas sim consumir menos calorias do que gasta. Isso pode (e deve!) ser feito com refeições equilibradas, em horários regulares e com alimentos de verdade.
Alternativas ao jejum intermitente
Se você quer emagrecer com saúde, aqui vão estratégias mais sustentáveis:
Fazer 3 a 5 refeições por dia com boas fontes de proteína e fibras
Reduzir açúcar e alimentos ultraprocessados
Beber mais água
Praticar atividade física regularmente
Dormir bem e controlar o estresse
Montar um cardápio personalizado com orientação nutricional
O jejum intermitente pode até funcionar para algumas pessoas, mas está longe de ser a melhor opção para todos. Ele pode trazer efeitos colaterais, prejudicar o equilíbrio emocional e atrapalhar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
Se você quer emagrecer de verdade, com saúde e sem sofrimento, o caminho mais eficaz continua sendo a reeducação alimentar com acompanhamento profissional.
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