sábado, 26 de julho de 2025

Por Que o Jejum Intermitente Pode Não Ser a Melhor Opção Para Você



 O jejum intermitente virou uma das estratégias mais populares para emagrecer. Celebridades e influenciadores juram que funciona. Mas será que essa prática é mesmo indicada para todos? A verdade é que, embora o jejum intermitente tenha seus benefícios, ele não é uma solução mágica e pode, sim, trazer efeitos negativos para muitas pessoas.

Neste post, vamos explicar por que o jejum intermitente pode não ser uma boa ideia, principalmente se você busca uma alimentação equilibrada, sustentável e sem sofrimento. Também vamos mostrar quem deve evitar essa prática e apresentar alternativas mais saudáveis para emagrecer com saúde.


O que é o jejum intermitente?

É uma estratégia alimentar que alterna períodos de alimentação com períodos de jejum. Os protocolos mais comuns são:

  • 16x8: jejum de 16 horas, comendo em uma janela de 8 horas

  • 14x10: jejum de 14 horas, comendo em 10 horas

  • 5x2: 5 dias de alimentação normal e 2 dias com consumo muito reduzido de calorias

A ideia é reduzir o número de refeições e, com isso, cortar calorias e emagrecer. Porém, essa prática nem sempre funciona bem para todo mundo.


Por que o jejum intermitente pode ser ruim?

1. Pode gerar compulsão alimentar

Ficar muitas horas sem comer pode aumentar muito a fome, levando a episódios de compulsão na próxima refeição. Isso pode anular qualquer benefício calórico obtido com o jejum e ainda causar culpa e descontrole alimentar.

“Depois de jejuar, acabei comendo o triplo no jantar” é uma queixa comum de quem tenta o jejum sem acompanhamento.


2. Afeta o humor e a produtividade

A falta de glicose por muitas horas pode causar:

  • Irritabilidade

  • Dificuldade de concentração

  • Tontura e fraqueza

  • Ansiedade

Se você trabalha, estuda ou cuida de tarefas que exigem foco, o jejum prolongado pode atrapalhar mais do que ajudar.


3. Não estimula bons hábitos alimentares

Pular o café da manhã e só comer no almoço, por exemplo, pode fazer com que a pessoa continue comendo mal, só que em menos tempo. O jejum não ensina você a montar um prato equilibrado, nem a fazer boas escolhas alimentares.


4. Pode desacelerar o metabolismo

Para algumas pessoas, especialmente mulheres, o jejum prolongado pode levar o corpo a entrar em "modo de economia", diminuindo a taxa metabólica basal e dificultando o emagrecimento a longo prazo.


5. Não é recomendado para todas as pessoas

Grupos que devem evitar o jejum intermitente:

  • Gestantes e lactantes

  • Diabéticos

  • Pessoas com histórico de transtornos alimentares (bulimia, anorexia, compulsão)

  • Crianças e adolescentes

  • Pessoas com gastrite ou problemas intestinais

  • Quem está em uso de medicamentos com horários rígidos

O emagrecimento vem do déficit calórico não do jejum

O que faz você emagrecer não é ficar horas sem comer, mas sim consumir menos calorias do que gasta. Isso pode (e deve!) ser feito com refeições equilibradas, em horários regulares e com alimentos de verdade.

Alternativas ao jejum intermitente

Se você quer emagrecer com saúde, aqui vão estratégias mais sustentáveis:

 Fazer 3 a 5 refeições por dia com boas fontes de proteína e fibras
 Reduzir açúcar e alimentos ultraprocessados
 Beber mais água
 Praticar atividade física regularmente
 Dormir bem e controlar o estresse
 Montar um cardápio personalizado com orientação nutricional

O jejum intermitente pode até funcionar para algumas pessoas, mas está longe de ser a melhor opção para todos. Ele pode trazer efeitos colaterais, prejudicar o equilíbrio emocional e atrapalhar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.

Se você quer emagrecer de verdade, com saúde e sem sofrimento, o caminho mais eficaz continua sendo a reeducação alimentar com acompanhamento profissional.

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